terça-feira, 20 de janeiro de 2009

"...Dolorido-Colorido..."

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Minhas mãos carregam um peso, um acúmulo de carinhos não dados. A cabeça anda cheia de pensamentos insanos, o coração "não-protegido" alimentado com esperanças, embora viva vazio. Um alguém pra lembrar, um alguém pra sorrir, um alguém pra fazer a face triste, isso faz falta, não se vive completo quando não se tem nem motivo para ser triste no amor, também dá tristeza na vida. A vida é paixão, não ama quem não sente dor, sente dor quem ama e sente dor quem não ama, acho melhor doer amando. E morrer várias vezes, para que uma nova paixão desperte a imaginação, o coração, a libido, e a dor de quem amam. Uma dor que tem cada dia mais esperança de não ser mais dor, é bem assim que vem e brota o amor.
Minha sede é abrir os braços e cantar uma canção chamada vida, tal que poucos são capazes de ouvir e cantar, como poucos tem a beleza simples de amar. Abro os braços feito o cristo redentor, não protejo ninguém, nem mesmo meu coração, é assim que sinto minha liberdade diante de toda beleza de uma cidade e uma bossa nova vinda de perto que escorre até mim, e percorre toda minha veia e enche o coração, feito um rio correndo para o mar.
Ah, como meu coração grita chamando minha amada que ainda não veio, ainda não conheço, mas sei que me espera em algum lugar, assim como nesse momento a canto e gemo, imaginando seu rosto, ainda desconhecido, sorrindo pra mim. Eu penso e fantasio, e sorrio, e choro e espero ansiosa por cada momento de um amor correspondido.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

"...don't be afraid..."

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Já faz um tempo, em que os ventos das tardes não sopram minha face, que um dia foi triste, e ainda a de ser, eu sei. O acaso tem trazido esperanças que morrem breve, que tem me destinado a um rosto apenas, tão recente, tão sumido de repente. O verbo sentir, nunca conjugou muito nela, em mim, ele permanece no modo presente, essa coisa de primeira pessoa do singular. Singular! Essa palavra me assalta o pensamento, às vezes. E fico tão cansada, fico cansada porque tenho medo, que um dia o vento leve o cheiro dessa morena, que outros gostos corruptos me façam esquecer o doce-amargo de seus lábios, o veneno de sua saliva, e que outros corpos me abriguem tanto e com tal zelo, que aos poucos esquecerei as curvas amantes, não quero.
Canto sempre: “Transforma tua tristeza e alegria em poesia.” É bem assim que faço e desfaço qualquer envolvimento, qualquer atração, qualquer coisa que me faça sentir, eu sempre sinto, e no final, tudo é sempre fantasia, não que seja tão ruim, mas, às vezes, dói em segredo.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Pequenino pensamento 15 da janeiro 04:59. Me deixa. ram

Dos dias em que tive você por perto, guardei três coisas: seu cheiro, que é o que me deixa com mais sede algumas vezes, seu olhar incompreensível e acolhedor que me encontrava vezenquando e seu gosto, que insiste em ficar. É bem verdade, que eu achava graça e me encantava com qualquer coisa que viesse de você, e quando lembro – sorrio, então.
Eu sempre soube que sentir é perigoso, e tudo tão de repente, que eu insistia e insistia em pisar apenas no real, enquanto já estava cansada de só ver – e fantasiava, sem medida, sem saber que fantasiava, agora sei e continuo pensando cada vez com mais força, que sentir é realmente perigoso.
E agora, só consigo lembrar de uma frase do Caio: Não se pode julgar o que acontece dentro dos outros!

Acho que to bêbada de sono. (y)

Beijo,
durma com os anjos.

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Saudade dela. o.O ..

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Segure minhas mãos, não deixarei você cair
Já te vi sorrir, já te ouvi cantar
Apenas segure minhas mãos e secarei suas lágrimas
Seque também as minhas quando falarmos do passado

Também vejo nos seus olhos uma angústia
Eles me dizem em segredo que choram por um alguém
Os meus também choram assim, temos saudades, talvez
Não sei se serei mais um que surge de vez em quando

Não pense nada, só quero de você cuidar, um pouquinho
Deixe-me ficar e tomar mais golinho
Pra nossa angústia desandar e eu poder te fazer um carinho
E por um dia ou uma noite, apenas, te sentir devagarinho

Não sei o que compor, não é paixão, não é amor, não é dor
Deixe-me silenciosa deitar nos teus ombros
E repetir que não te deixarei cair e te guiar pra onde quiseres partir
Deixe-me sentir teu cheiro, acarinhar teus pêlos e dizer que gosto de você.

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

Alivio

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Mais que tudo, eu queria ser a resposta pra ela. Suas tentativas inúteis de me fazer desistir desta urgência, após o gosto amargo, me fizeram desejar ser ainda mais que uma resposta. Sua ausência me levou a mundos diferentes e pessoas maravilhosas, mas tais mundos que não quero entrar e pessoas que não consigo penetrar um olhar daquele que só ela consegue me roubar.
Quando o desespero passa, é tão mágico ver no amanhecer um motivo pra permanecer vivo. Uma estrela brilhando durante o dia – por dentro. Por muito tempo, a gente permanece fechado, pra dentro, sem conseguir enxergar quem realmente é e isso maltrata, mastiga, mas mastiga tanto, com tanta fome que quando a ela é saciada somos jogados involuntariamente pra fora de nós, é nessa hora que conseguimos ver nitidamente o quanto somos resposta para nós e essa resposta é a mais importante. O alivio é claro.