quinta-feira, 2 de abril de 2009

É.


'

“Eu só queria parar de sentir essas saudades.
Deitar ao amanhecer e não sentir falta do seu corpo respirando ao lado do meu.
Fechar os olhos e não lembrar do seu olhar me derrubando inteira.
Pensar em você sorrindo para mim e não sentir vontade de chorar.
Eu só queria parar de sentir sua falta”.



O tempo é feio, meu bem. Quando você resolve piscar, ele levou o que era bonito e deixa um vazio, que pelo que dizem, o mesmo vai preencher e, o pior é que preenche. Com o tempo nós vamos nos esquecer e nossa ausência não vai fazer diferença, nunca mais, no máximo uma nostalgia vezenquando, que por sinal, um dia também deixa de existir. E o que sobra são pedaços de nós, fragmentados em algum lugar no passado, escondidos num inconsciente que daqui uns anos seremos até capazes de sonhar, mas não lembraremos ao acordar e talvez cause um mal estar, por sentir tremenda falta de algo em algum lugar, no dia seguinte passa, sem remédio.
Eu sei que eu nunca fui de falar, mas se você viesse hoje ou amanhã, eu te confessaria tanta coisa, não querendo te pesar ainda mais, mas você tem me doído um pouco e ninguém em volta nunca sabe ninguém é capaz de enxergar essa emoção intensa que faz meu corpo transbordar esse liquido salgado, que como agora, teima em rolar sobre minha face. Não, você não me deixou uma ferida, isso aqui é um latejo quase insuportável que acontece em dias tristinhos e chuvosos, como o de hoje. Eu ainda te quero muito bem, nós vamos ficar bem na distância, embora meu corpo ainda sinta sede dessa coisa docemente venenosa que é você.
Já que você não vem, eu fujo a partir dessas linhas tortas, com uma fé em qualquer coisa boa que há de vir, tanto pra mim quanto pra você. Não, eu não estou indo completa, mas eu não vou desistir dessa coisa que o destino, de alguma forma, sempre coloca em nossas mãos, essa possibilidade de um novo amor, e você sabe que eu gosto de possibilidades. O que eu te confessaria agora?
- Que meus pores-do-sol vermelhinhos cantarão e desenharão seu nome no céu. E ninguém mais será capaz de ouvir ou enxergar isso.

3 comentários:

Pedro Oliveira disse...

"Eu sei que eu nunca fui de falar, mas se você viesse hoje ou amanhã, eu te confessaria tanta coisa, não querendo te pesar ainda mais, mas você tem me doído um pouco e ninguém em volta nunca sabe ninguém é capaz de enxergar essa emoção intensa que faz meu corpo transbordar esse liquido salgado, que como agora, teima em rolar sobre minha face. Não, você não me deixou uma ferida, isso aqui é um latejo quase insuportável que acontece em dias tristinhos e chuvosos, como o de hoje."

perfeitamente maravilhoso, foi a parte que mais goistei, creio porque me identifiquei um pouco.
Amei o texto, esta maravilhoso ju.
beijo.

Ingrid Almeida disse...

"O tempo é feio, meu bem. Quando você resolve piscar, ele levou o que era bonito e deixa um vazio, que pelo que dizem, o mesmo vai preencher e, o pior é que preenche. Com o tempo nós vamos nos esquecer e nossa ausência não vai fazer diferença, nunca mais, no máximo uma nostalgia vezenquando, que por sinal, um dia também deixa de existir. E o que sobra são pedaços de nós, fragmentados em algum lugar no passado, escondidos num inconsciente que daqui uns anos seremos até capazes de sonhar, mas não lembraremos ao acordar e talvez cause um mal estar, por sentir tremenda falta de algo em algum lugar, no dia seguinte passa, sem remédio."

Amei essa parte! Pelo que lesse na minha última postagem, nos identificamos né??
Gostei do blog. Bjo

Unknown disse...

Eu amei por inteiro :)
Parabens. boto fé em você. se sabe

beijos, Bia.